sábado, 7 de fevereiro de 2009

Se eu te dissesse coisas que eu fiz antes
Te dissesse como eu costumava ser
Você iria junto com alguém como eu?
Se você conhecesse minha história palavra por palavra
Tivesse toda a minha história
Você iria junto com alguém como eu?
Eu fiz antes e tive minha quota
Eu não guiei em lugar nenhum
Eu iria junto com alguém como você.
Não importa o que você tenha feito.
Com quem você estivesse amarrado
Nós poderíamos ficar por aí e ver esta noite inteira.

E nós não nos importamos com os jovens
Falando sobre o estilo jovem
E nós não nos importamos com os velhos
Falando sobre o estilo velho também
E nós não nos importamos com suas próprias faltas
Falando sobre nosso próprio próprio estilo
Tudo o que nos nos importamos é com conversas
Conversando somente eu e você.

Geralmente, quando coisas iam longe
As pessoas costumavam desaparecer
Ninguém irá me surpreender a menos que você o faça

Eu posso dizer que há algo acontecendo
Horas parecem desaparecer
Todos estão partindo, eu ainda estou com você

Não importa o que façamos
Onde nós iremos também
Nós poderíamos ficar por aí e ver esta noite inteira.

sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

o vento entra
pelos meus muitos corredores
agitando as sedas e rendas
das minhas vestes
e dos meus mistérios,
e as folhas e flores
do meu jardim secreto.
na ciranda das muitas faces
eu sou um mundo.
e sou tão anônima quando
a água funda do mar a dentro.
o vento percorre calado
pelos meu túneis cavados
na rocha bruta
e toca minha pele rude
cheia de poros e lembranças.
meu coração está frágil
e está se abrindo
assim como o mundo
se abre na primavera.
o vento balança minhas asas
e me avisa
que já é hora
de ir para casa.
e minha casa estará
onde você estiver ...

:)

As palavras sempre ficam. Se me disseres que me amas, acreditarei. Mas se me escreveres que me amas, acreditarei ainda mais...
Se me falares da tua saudade, entenderei. Mas se escreveres sobre ela, eu a sentirei junto contigo...
Se a tristeza vier a te consumir e me contares, eu saberei. Mas se a descreveres no papel, o seu peso será menor...
Lembre-se sempre do poder das palavras. Quem escreve constrói um castelo, e quem lê passa a habitá-lo...

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Resposta

Fui preso neste turbilhão do vento, a minha vida tem sido fiação um embaraço na minha cabeça, conversas de longa distância perfazem para eu não estar lá. E agora estou voltando para casa, estou indo para casa, para você novamente, depois... Eu espero que você sinta o mesmo. Espero que as coisas mudem... Fiquei trancado dentro desse espaço, desconhecendo a vida normal que tive. Frustração ao construir um alicerce, escrevo esta carta para que você saiba que eu vou estar de volta ... Eu espero que você sinta o mesmo! Não posso parar, não posso deixar de pensar sobre o que você faz quando está sozinho. Vamos ir direto ao ponto: Volte no tempo, tempo que nós perdemos, tempo que nós perdemos... Eu me sinto preso com o peso do mundo em meus ombros, esmagando minha cabeça, são pedras feitas de mentiras e pó de todos nós. E quanto aos vínculos que tivemos, que começaram a enfraquecer, escute; Nós não podemos controlar o tempo. Mas... agora eu vou pegar o que conseguir tirar da nossa vida.Me cure novamente. Eu não quero cair diante de ti. Me cure agora. Eu caio.... Me sinto confuso entre dois lados de uma opinião, não sabe o estado em que me encontro, não acredite na confiança para apenas um de nós. E quanto ao erro feito, aquela noite todos nós perdoamos. Foi um pensamento criminoso, mas você deveria pegar o que conseguir tirar dessa vida. Eu nunca disse que não precisava de você, abaixe seus braços e os envolva em mim, os envolva em mim. Pontes vão cair debaixo de nós. Mais nós somos fortes, vamos conseguir. A terra vai abrir e tentar nos empurrar para dentro, mais nós vamos conseguir. Vamos conseguir. Estou cansado de sorrir e então essa é minha queixa. Você não vê que meu rosto está caindo em pedaços? Estou cansado de ser alguém que não sou, por favor, consiga algo para mim sair dessa queda. Estou cansado de aplaudir. Quando eu sei que eu posso fazer o melhor para mim mesmo. Estou cansado de esperar. Cansado de todas essas palavras que nunca importam. Eu amarro todos esses nervos juntos pulando para uma chance de pensar no tempo. Estou investigando sua carta, para ver se suas intenções são boas como as minhas.

sábado, 24 de janeiro de 2009

Stonehenge

E talvez você estranhe ao me ouvir
Não costumo me comunicar assim
Mas preste atenção quando a chuva cair,
Você vai me ver

Já tentei ser mais do que eu sempre fui
Mas esqueci que é impossível crescer
Pois todo sangue que nas minhas veias flui
Ainda não conseguiu aquecer
Meu coração

Inabalável, não há como fazer você parar
Pra pensar como eu tenho agido nos últimos dias
Em que eu lhe vi

Você não merece tudo que eu ouso sentir
Você não merece tudo que eu ouso sentir
E dói demais

E dói demais ter você assim
Nunca há paz pra você nem pra mim
Por isso eu quero saber o que fazer

E nada mais parece te abalar
E nada mais te faz rir ou faz chorar
Não há ninguém aqui pra você provar que existe
Não há ninguém aqui pra você provar que existe

sábado, 17 de janeiro de 2009

Ria

A idéia de que o mundo sobreviverá até o ano 3000 (e mais) me assusta. Na verdade me deixa triste. Saber que existirão sorvetes, sapatos, camisas sociais, guarda-chuvas, política, tecnologia e até mesmo arte... Me entristece. Profundamente. Isso é tristeza.
As pessoas continuarão a andar nas ruas, construirão prédios, casas e usinas nucleares... Os poemas de amor continuarão a emudecer a gente pobre e acontecerão chateações que todos chamarão de revoluções. A arte continuará pretensiosa e os gordos continuarão a escrever.
Existirão críticos de cinema, autores marginais e sanduíches de grandes redes de lanchonete. Algumas proibições se farão rígidas e vetarão os direitos de alguns...
O Brasil provavelmente continuará a mesma porcaria de sempre, com crianças que enfiam o dedo no nariz e jogam futebol. Os músicos não descobrirão nada de valor e continuarão a explorar a grande mentira que é o som. Sempre foi uma grande mentira. O som.
A linguagem será limitada e existirão Becketts que brincarão com ela. O ser humano vai foder e ter bilhões de filhos... Que serão prostituídos em nome de algo, seja esse algo a religião, a moral, a ética, a rebeldia, a arte, a lógica, o niilismo ou qualquer outro valor sem cor.
Existirão diários, cibernéticos ou não, em que os mesmos idiotas em corpos diferentes vomitarão o lixo em choque às barreiras da linguagem, dos tamanhos dos ternos e chapéus.
As gravatas terão as mesmas cores e o sol, cansado, inspirará os aventurados enquanto a lua fará companhia aos artistas cáusticos, meticulosos, os artistas que procuram por tons e temáticas que imprimam pureza.
Os puritanos continuarão a persuadir seus filhos, enquanto os anarquistas pipocarão pelo mundo em busca do sistema político que quebre tudo como é. A vida correrá solta e os tristes bancos de praça serão sempre os mesmos. O tempo passará nos relógios, e somente neles. As prostitutas realizarão fantasias de pobres meninos das periferias.

Londres poderá não ser mais Londres, mas o céu sempre será o mesmo.

As executivas reclamarão das cores dos escritórios às 18h. Os chapeleiros só figurarão as histórias e fábulas. Lerão os mesmos livros, com palavras diferentes. As padarias venderão pão. O homem se diluirá no tempo e seus filhos viverão uma vida incauta.
Filósofos buscarão verbetes mais complexos e monges cansarão as nádegas sobre os picos da Terra. Templos preencherão espaços. E tudo rodará em 36 rotações, lentamente, enquanto todos inventam-se de alguma forma.
Os namorados serão sempre os mesmos e curtirão praias, sóis e chuvas na janela. Os artistas serão inquilinos de novos caos e se gabarão disso. Os palhaços serão tão vazios como sempre foram. O verbo nunca cessará... E o vazio não vencerá o homem enquanto ele for homem. Até o (des)fim. E é por essas e outras que eu não me envergonho de ser triste.

E apenas triste.

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

cantando com maysa.

em um silencio me entreguei
nos teus olhos acordei
e chorando eu quero amar

levai minha lágrima primeira
quis guarda-la a vida inteira
e a ti encontrar

faz do meu corpo teus braços
dos teus os meus passos
me leva pela mão para o caminho

que fez deste encontro distraído
um encontro tão comprido
que nos encontrou